A Organização Mundial da Saúde - OMS define saúde como “o completo
estado de bem-estar físico, mental e social, e não simplesmente a ausência de
enfermidade”. Tal conceito tem uma profunda relação com o desenvolvimento e
expressa a associação entre qualidade de vida e saúde da população.
O IBGE publicou a Pesquisa Nacional de Saúde de 2013: percepção do
estado de saúde, estilo de vida e doenças crônicas. Que abordou a percepção pessoal de saúde em
várias dimensões e divulgou dados interessantes: o percentual de pessoas de 18
anos ou mais que consomem 5 porções diárias de frutas e hortaliças foi de
37.3%. Dentre os marcadores de padrão alimentar não saudável estão o consumo
regular de refrigerante, de leite integral, de carnes com excesso de gordura e
o consumo de sal, mostrando estatísticas desfavoráveis.
Ainda nesse estudo, observou-se que 46% dos adultos são classificados
como insuficientemente ativos. Estes
indivíduos não praticaram atividade física ou praticaram por menos de 150
minutos por semana. E sinaliza também quanto ao tempo gasto em comportamentos
sedentários, como assistir TV (eu ampliaria para o uso de todas as telas –
tablets, PC, smartphones), estando fortemente relacionado ao risco de se
contrair doenças.
Então trabalhemos na lógica da prevenção. A prevenção primária, que
visa evitar ou remover fatores de risco antes que se desenvolva o mecanismo
patológico que levará à doença. E com a prevenção secundária e terciária,
quando se presume ou está estabelecida a doença, respectivamente.
Talvez seja um discurso repetido e monótono, mas quando o objetivo é
realizar mudanças significativas, temos que entender o todo, enxergar o
indivíduo e trabalhar em várias frentes (equipe multidisciplinar).
Dra. Lilian Moura é clínica e
endocrinologista na Clínica Pró-Vida Serviços Médicos em Belém do Pará